Eu cresci numa família simples. Estudei até a 10ª classe. Em 1985 fui anelada, estive no lar. Mas as coisas não correram bem. Depois conheci alguém com quem tive uma filha. Também não deu certo.
Trabalho aqui a 10 anos, para fechar o lugar do meu pai, que adoeceu, então vim fechar o lugar dele. Ele faleceu em 2007. E de seguida a minha filha quando estava grávida teve uma malária cerebral e morreu. Tinha 18 anos. Foi doloroso, perder a única filha que eu tinha. A esperança que eu tinha nela. Foi muito difícil. Minha mãe também perdi ainda nova.
Hoje moro com um sobrinho filho do meu irmão que também faleceu. Eu cuido dele. Foi a única família que me restou.
Meu sonho é ter um companheiro, ter um lar, sinto me muito sozinha- diz ela com um olhar muito triste.
Hoje em dia o negócio no mercado já não da para muito. Estou a sofrer.
A minha mãe era tudo na minha vida, choro cada vez que me recordo dela.
Hoje em dia não tenho para onde me recorrer. Meu refúgio é a minha igreja.
Esta mamana cantou a seguinte música para nós:
“Já houve tempo em que achei que era preciso
Trocar de vida, de ambiente, de lugar…
Meus pais diziam que era falta de juízo
Que um dia eu haveria de mudar.
Eles pediram para que eu não fosse embora
Até choraram mas mesmo assim eu não fiquei,
Não dei ouvido e sai pela estrada fora,
E mesmo assim eu me apaixonei.
Como era bom aquele tempo bom,
Em que eu vivia sempre tão contente,
Como era bom aquele tempo bom,
E ver agora que é tudo tão diferente.”